Para marcar o Dia Internacional Contra a Corrupção, o Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) lançou, na tarde desta segunda-feira (9/12), dois instrumentos estratégicos para a Instituição: a 3ª edição do Plano de Integridade e o Plano de Logística Sustentável (PLS) 2025-2027. Na ocasião, também foi promovida a palestra “Ética e Integridade – Fundamentos para uma Cultura Transformadora”, ministrada pelo psicólogo Antônio Carlos Hencsey. O evento — organizado pela Comissão Ambiental, Social e Governança (ASG) — buscou sensibilizar o público interno para a importância de práticas éticas e de integridade no cotidiano do setor público. Participaram ainda do encontro servidores públicos do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, da Corregedoria-Geral do Estado e da Assembleia Legislativa catarinense.  

O conselheiro Aderson Flores representou o presidente do TCE/SC, conselheiro Herneus De Nadal, na abertura do evento, ressaltando a pertinência do tema discutido. “No Tribunal de Contas, temos um papel importante quanto ao combate à corrupção, não aquela do Código Penal, mas a corrupção tomada em sentido amplo. Basta ler o Diário Oficial para enxergar o papel crescente do Tribunal nessa área. O assunto passa também por nossa atuação interna, por isso a relevância deste evento, na edição de nosso plano de integridade e de nossa atuação ética como servidores públicos, assim como a importância de uma logística sustentável para a construção do futuro da Corte de Contas”, destacou.  

Em seguida, o psicólogo Antônio Carlos Hencsey deu início à palestra. Ao longo de sua fala, ele propôs um quiz, fez perguntas e apresentou situações-problema ao público. De forma interativa e didática, explicou que o comportamento íntegro precisa ser construído de forma conjunta, e não imposto. “A ética como imposição gera uma percepção de controle, de obediência. E isso não é integridade”, afirmou. “Integridade tem a ver com a possibilidade de o sujeito escolher, e concordar que determinado caminho é o melhor”, completou. 

Ele ressaltou a importância de que os órgãos de controle tenham uma atuação educativa, mais do que restritiva, proposta que vai ao encontro das diretrizes de orientação e diálogo adotadas pelo TCE/SC nos últimos anos. “Quanto mais as pessoas estiverem engajadas, mais fácil é de identificar aquele que destoa”, disse. Ao resumir o trabalho da área de ética e de integridade, ele citou quatro pilares:  

- Qual o seu público? 

- O que você quer que as pessoas fixem racional e/ou emocionalmente? 

- Quais os canais de comunicação existentes? 

- Estrutura narrativa (cases, passo a passo, descrição, história, etc.). 

Lançamento de planos para 2025 

Após a palestra, o coordenador de Gestão de Riscos e de Integridade, auditor fiscal de controle externo Luiz Alexandre Steinbach, tratou da 3ª edição do Plano de Integridade do TCE/SC. Entre os objetivos da nova estrutura elencou: melhoria dos serviços; boa governança; efetividade; foco na prevenção; processo de comunicação eficaz; confiança; credibilidade; reputação; ambiente ético, inclusivo e livre de assédio; além da não -tolerância a fraudes e corrupção. 

“O Programa de Integridade do TCE/SC fomenta a transparência, a ética, a integridade, a conformidade com a legislação, a eficiência, a boa governança e a transparência no órgão, divulgando e aprimorando a cultura da honestidade e da responsabilidade com a ‘coisa pública’”, destacou. 

Na sequência, a coordenadora da Comissão ASG, Marina Ferraz de Miranda, falou da importância do Plano de Logística Sustentável (PLS). “A promoção da ética e da integridade na administração pública é fundamental para o fortalecimento das instituições e para a construção de uma cultura organizacional com foco na geração de valor e baseada em princípios de transparência, de responsabilidade e de sustentabilidade”, afirmou. 

Ela explicou que o plano está dividido em oito eixos temáticos — que estão relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Organização das Nações Unidas —, 15 objetivos e 48 ações, com seus respectivos prazos de cumprimento e unidades responsáveis. Entre os eixos estão água, energia elétrica, acessibilidade, gestão de resíduos e educação para a sustentabilidade.  

Crédito da foto: Maurício Vieira - ACOM - TCE/SC

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