O jornalista Rogério Felisbino da Silva, da Assessoria de Comunicação Social, o nosso Luis Fernando Veríssimo do TCE/SC, nos presenteia com mais uma crônica cíclica! Ao participar da etapa em Capivari de Baixo, ele mostra que quem está de dieta não deve viajar para o Ciclo, já que almoços e jantares geralmente alternam-se entre casas de massas e churrascarias. E que o evento, além de capacitar, revela talentos artísticos entre os gestores públicos.
A grande vedete desta etapa do XIII Ciclo de Estudos, em Capivari de Baixo, foi a nova metodologia implementada para os registros de presença dos participantes, através da leitura de código de barras inseridos nos crachás. Essa ferramenta pretende agilizar a entrada dos participantes, evitando o tumulto algumas vezes constatado na hora da chegada das caravanas municipais, que se amontoavam nas mesas de recepção do evento. Com esta medida, visa-se agilizar o trânsito dos participantes, que passa a fluir maravilhosamente bem rumo às salas, muito diferente do trânsito de veículos pela BR-101, em eterna obra de duplicação, e que prolongou o tempo de viagem da equipe do TCE/SC, entre Florianópolis e Tubarão, em aproximadamente uma hora e meia.
Nossa saída da Capital foi por volta das 15h30min. Mas, para percorrer o trecho entre o trevo de Santo Amaro da Imperatriz e o Morro dos Cavalos — que não deve ter mais de 20 quilômetros —, foram necessários nada mais nada menos que 75 minutos corridos, contando os 15 de ônibus literalmente parado! Foi tempo mais que suficiente para ver todo o filme escolhido para ser exibido durante a viagem e ainda admirar a paisagem da Enseada do Brito. Por falar em filme, o que estava em cartaz era um de “Os Simpsons”, o que demonstra que os técnicos do TCE/SC também apreciam desenhos animados.
Passada a tortura dos afunilamentos na rodovia, o trânsito começou a fluir a partir da entrada da Praia do Sonho, e já era noite quando o ônibus entrou em Tubarão. A equipe foi diretamente para o Art Hotel, de interessante concepção visual, valorizando muitas obras de arte em sua arquitetura, nos móveis e quadros expostos na recepção e nos materiais gráficos de divulgação interna.
O jantar desta noite foi em uma cantina próxima ao hotel, cujo nome esqueceram de me relatar, e onde foi servido pizzas e massas. Digo isso, pois não participei deste momento, uma vez que, tendo um amigo na cidade, optei por encontrá-lo e, obviamente, dar a ele a oportunidade de me convidar a jantar em sua casa, afinal, amigo é pra essas coisas! Quanto à cantina, pelo que soube, a degustação foi intensa, não apenas pelo número de pessoas presentes, como pela quantidade per capita ingerida.
Ainda bem que o trajeto cantina-hotel foi feito a pé, o quê, de certa forma, deve ter ajudado um pouco na digestão. Quanto a mim, o que ajudou a queimar as calorias do também farto café da manhã no hotel foi o sobe/desce das escadas da Fucap, onde aconteceu o Ciclo. A recepção e o auditório onde se reuniram os agentes políticos ficavam no térreo e as salas das oficinas técnicas e da equipe de apoio ficavam no primeiro andar, separado daquele por 26 degraus divididos em dois lances de 13. No entanto, se multiplicarmos esses valores pelo número de vezes em que foram percorridos, devo ter subido e descido o equivalente à altura do World Trade Center antes de o satânico Osama Bin Laden resolver colocá-lo no chão.
Mas, enquanto uns sobem e descem, outros, mesmo sem precisar subir as escadas, acabam subindo de função, como aconteceu com o auditor fiscal Marcelo Brognoli da Costa, após sua exposição sobre publicidade governamental, que foi chamado pelo honroso título de conselheiro na conversa com um dos participantes do evento que veio lhe fazer uma pergunta. A dúvida que fica é se o interlocutor confundiu-se mesmo ou estava fazendo alguma referência aos muitos conselhos que o palestrante deu em sua exposição, no sentido de alertar os gestores quanto aos cuidados a serem tomados na questão da promoção pessoal.
Findos os trabalhos da manhã, é hora de almoçar. Para não deixar a janta da véspera em desvantagem, é preciso ser exagerado também ao meio-dia e, por isso, o escolhido foi o Ataliba. Retornando à Fucap, o trabalho da tarde transcorre normalmente, apenas com a estranha sensação de que estava faltando alguma coisa. E estava mesmo! Não apareceu ninguém da imprensa para entrevistas no dia de hoje, para surpresa inclusive do assessor de imprensa da Amurel que, um tanto inconformado, afirmava que havia feito uma excelente divulgação entre os veículos da região. Aliás, tal trabalho vem sendo feito, incansavelmente, pela Acom, desde muito antes do início deste XIII Ciclo.
Em vista disso, com o tempo um pouco mais folgado, foi possível acompanhar algumas palestras. A escolhida foi a do diretor da DAP, Reinaldo Gomes Ferreira, onde pude constatar sua dinâmica e extroversão na forma de conduzir a exposição.
Mas a melhor cena do dia, sem dúvida, aconteceu no período da manhã, na solenidade de abertura. A exemplo do hotel em que ficamos, o prefeito de Sangão também resolveu dar um tom artístico ao seu discurso, encerrando-o no melhor e improvisado estilo repentista: “A educação, meus amigos, ainda será prioridade/ que transporte escolar temos por necessidade!/ e muitas coisas a serem mudadas a bem da verdade/ da educação e da saúde/ o idoso e a juventude/ tomaremos uma atitude/ com carinho e dignidade!” Que injustiça! As palmas vieram, mas faltaram os assobios!
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