Público interno participa de curso de capacitação sobre auditoria financeira no setor público

Com o intuito de difundir o uso de normas internacionais em suas auditorias, o Tribunal de Contas de Santa Catarina promoveu o curso “Auditoria financeira no setor público”. Ministrada pelo auditor federal de controle externo do Tribunal de Contas da União, Alessandro Aurelio Caldeira, a capacitação ocorreu entre os dias 15 e 17 de julho e reuniu 40 servidores da instituição.

O curso foi direcionado a auditores fiscais de controle externo e assessores de gabinete dos conselheiros do TCE/SC, além de analistas do MPTC. A solicitação foi feita pela Diretoria de Controle de Contas de Governo (DCG). Teve como principal objetivo proporcionar aos alunos a compreensão da estrutura normativa e conceitual da auditoria financeira e sua aplicação no setor público.

Coordenado pelo Instituto de Contas (ICON), o evento consta do Programa de Capacitação do TCE/SC para o exercício de 2015, e está em sintonia com as ações e iniciativas priorizadas no Plano de Ação do Planejamento Estratégico do Tribunal. O diretor-executivo do ICON, Osvaldo Faria de Oliveira, que também participou do curso, destacou a importância dessa capacitação para fomentar a aplicação de novos procedimentos de auditoria nos processos de apreciação de contas, e aumentar o grau de aderência às normas internacionais e às Normas de Auditoria Governamental.

O objetivo central de uma auditoria é examinar as atividades desenvolvidas, nesse caso, pelo setor público, e saber se estão em conformidade com o fim proposto e com a eficácia recomendada. Na financeira, são analisados registros, documentos, livros contábeis, a fim de verificar os fatos e ocorrências que interferem no patrimônio da instituição. Ao explicar a relevância da operação, Caldeira destacou que “o trabalho do auditor financeiro pode identificar fraudes e tendências de distorções”.

Ele também ressaltou que o Brasil ainda está aperfeiçoando a cultura da auditoria financeira, pois ainda que ela seja realizada, não há um padrão no processo que seja comum a todos os órgãos de controle. Nesse contexto, o curso buscou apresentar aos participantes uma estrutura sistemática na realização dessa atividade. De acordo com o palestrante, esses padrões servem para dar garantia e credibilidade ao trabalho desenvolvido. Em 2011, o TCU iniciou o processo de implantação dessa sistematização. “Quem for utilizar o relatório vai saber que existe um padrão por trás, o que trará mais confiança à sociedade”, afirmou Caldeira.

Plano de ensino

Durante os três dias de curso, os participantes estudaram aspectos gerais da auditoria, principais tipos existentes no setor público, sua estrutura normativa, controles internos, procedimentos de avaliação de risco, execução de testes e procedimentos, e elaboração do relatório pelo auditor.

Também foi abordada a estrutura normativa da Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai), da qual o TCE/SC faz parte, e o propósito e autoridade das Normas Internacionais das Entidades Fiscalizadoras Superiores (ISSAI).

O palestrante

É graduado em Ciências Contábeis e especialista em Auditoria Financeira e Direito Público. Atuou como analista de finanças e controle da Secretaria do Tesouro Nacional de 2001 a 2006. Trabalha há nove anos como auditor federal de controle externo do TCU, no cargo de diretor de Fiscalização da Dívida Pública na Contabilidade da Secretaria de Macroavaliação Governamental. No setor, adquiriu experiência profissional tanto na elaboração, quanto na implementação do Projeto de Auditoria Financeira, desenvolvido no âmbito daquele órgão de controle externo da União. Antes disso, ocupou por cinco anos, o cargo de analista de finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU).

Já realizou cursos na área de auditoria de contas, custos e qualidade do gasto público, contabilidade governamental, SIAFI Gerencial, entre outras especialidades relacionadas ao tema auditoria financeira. Também foi instrutor em programas de formação organizados pelo Instituto Serzedello Corrêa (2011) e pela Escola de Administração Fazendária (ESAF), em 2013.

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