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TCE/SC determina medidas para garantir saneamento básico em comunidades quilombolas

seg, 08/12/2025 - 16:42
Resumo em linguagem simples

O TCE/SC determinou medidas para corrigir falhas no acesso à água potável e esgotamento sanitário em comunidades quilombolas de SC. O levantamento apontou falta de planejamento, de diagnósticos e de cobertura adequada dos serviços. A Casan deve programar expansão, realizar diagnósticos e coletar dados étnico-raciais, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados, para a promoção de políticas públicas e garantia da universalização do saneamento básico. 

Foto horizontal com filtro azul de três pessoas reunidas ao redor de uma estrutura simples de abastecimento de água ao ar livre. As três estão inclinadas para frente, lavando as mãos ou enchendo recipientes em um ponto de água que sai de um cano. À esquerda da imagem, aparece o texto “Comunidades Quilombolas” em amarelo.

O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) determinou uma série de medidas para corrigir deficiências no acesso à água potável e ao esgotamento sanitário em comunidades quilombolas catarinenses. A decisão da Corte acatou as recomendações do relatório apresentado pelo conselheiro-relator José Nei Alberton Ascari, após levantamento (LEV 23/80131206) realizado nos termos da Portaria N. TC-148/2020. 

O estudo aponta deficiências na universalização do saneamento básico, especialmente em áreas rurais, e revela a necessidade de ações específicas para garantir a inclusão dessas populações. As comunidades quilombolas objeto do levantamento estão localizadas em municípios como Águas Mornas, Pescaria Brava, Cerro Negro, José Boiteux e São José, além de outras localidades catarinenses. 

O levantamento analisou ações executadas por companhias e autarquias de saneamento, além de prefeituras, e constatou que comunidades quilombolas ainda enfrentam barreiras para acesso adequado à água e ao esgoto, como ausência de planejamento específico para atender essas populações, falta de diagnóstico detalhado sobre formas de abastecimento e tratamento, e limitações contratuais que restringem a cobertura dos serviços. 

Dentre as medidas aprovadas pelo Tribunal Pleno, destaca-se a determinação para que a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) programe ações de expansão e melhoria dos serviços, execute diagnósticos detalhados sobre formas de abastecimento e esgotamento sanitário e planeje a coleta de informações sobre origem racial ou étnica dos usuários, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), para subsidiar políticas públicas. 

Diagnóstico 

De acordo com a decisão, “programar as ações de expansão e/ou melhoria dos serviços de saneamento básico (água e esgoto) nos municípios catarinenses com os quais [a Casan] mantém relação jurídica e onde há comunidades quilombolas e/ou pessoas quilombolas” é uma das medidas prioritárias. 

Além disso, o Tribunal orienta que a Casan “execute o diagnóstico das formas de abastecimento de água e esgotamento sanitário disponibilizadas às pessoas quilombolas residentes nos municípios de Águas Mornas, Pescaria Brava, Cerro Negro, José Boiteux e São José”, garantindo planejamento específico para a oferta dos serviços. 

 

Levantamento 

O Procedimento de Levantamento de Informações (LEV 23/80131206) foi autuado em 7 de dezembro de 2023, e sua execução ficou sob responsabilidade da Diretoria de Empresas e Entidades Congêneres (DEC), Coordenadoria II – Divisão 4, do TCE/SC.   

As primeiras diligências ocorreram em dezembro/2023, e as respostas começaram a ser recebidas entre janeiro e abril de 2024. Em agosto daquele ano, o escopo foi ampliado para incluir municípios onde residem pessoas quilombolas (dados do Censo IBGE 2022), mesmo sem comunidade formalmente reconhecida. Posteriormente, houve complementações, visitas técnicas (setembro a outubro/2024) e novas comunicações até dezembro/2024 e janeiro/2025. O relatório final foi consolidado em 21 de março de 2025.    

A origem está vinculada à determinação do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina. O estudo foi motivado pela necessidade de avaliar a efetividade das políticas públicas de saneamento básico voltadas às comunidades quilombolas, considerando princípios da universalização e integralidade previstos na Lei Federal n. 11.445/2007.  

Entre suas finalidades, estão: verificar as ações executadas e a executar pelas companhias de saneamento (Casan, Águas de Joinville, Emasa, Samae etc.) e prefeituras, visando garantir acesso à água potável e esgotamento sanitário às comunidades quilombolas; identificar lacunas e propor medidas corretivas, incluindo orientação para elaboração de planos de ação e melhorias nos cadastros (como inclusão de dados étnico-raciais, respeitando a LGPD); subsidiar o controle externo sobre a universalização do saneamento básico, conforme legislação federal e estadual. 

 

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