“Assim como estamos unificando as normas de auditoria, não só no Brasil, como no mundo todo, também precisamos e queremos unificar a nossa comunicação social, porque isso fortalece a cidadania”. Com essas palavras, o presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina, conselheiro Herneus De Nadal, avaliou o I Congresso Nacional de Comunicação dos Tribunais de Contas (CNCTC). O evento, realizado nestas terça e quarta-feira (14 e 15/2), no auditório do TCE/SC, em Florianópolis, teve a participação de 279 inscritos, entre membros e servidores das Cortes de Contas, dos Ministérios Públicos junto aos TCs, além de outros órgãos e entidades e profissionais da comunicação, de 25 unidades da Federação (fotos).  

Para o presidente Herneus, os Tribunais de Contas precisam abrir as portas para atender, de forma efetiva, a sociedade. “Se não mostrarmos aquilo que é a nossa função, aquilo que nós podemos fazer, nós não conseguiremos atender a nossa população”, observou. 

Destacou, também, a necessidade de se conectar com o cidadão, para que ele conheça e entenda o que é o Tribunal de Contas e possa contribuir na fiscalização da boa e da efetiva aplicação dos recursos públicos e na melhoria da governança. “E isso é fortalecer a cidadania daqueles que nos mantêm, os cidadãos catarinenses que, através de seus impostos, mantêm o Tribunal de Contas e toda a administração pública funcionando”, frisou.  

O diretor da Assessoria de Comunicação Social do TCE/SC, jornalista Rafael Martini, membro da comissão organizadora do CNCTC, considerou que o evento conseguiu atender às expectativas. “Não temos a menor dúvida de que foi plantada uma semente que irá gerar frutos na comunicação do sistema Tribunais de Contas”, comentou, ao destacar a presença de representantes das Cortes de Contas de quase todos os estados, além de profissionais de comunicação.  

“Todos sairemos daqui motivados e energizados com a ideia de que a gente vai poder construir um sistema que realmente atue em rede, para divulgar o que eu considero uma usina de pautas, que são os números, os dados e as informações que os Tribunais de Contas possuem no Brasil”, refletiu. 

O corregedor do TCE do Pará, conselheiro Luís da Cunha Teixeira, apontou que o CNCTC foi importante para o sistema Tribunais de Contas e lembrou que foi a primeira vez que as Cortes de Contas se reuniram nacionalmente para discutir o assunto.  

Ele comentou que tinha receio e dificuldade de contatar com a imprensa. “Eu estive dois anos na Presidência do TCE do Pará e nesse período dei uma única entrevista. Reconheço que cometi um grande erro. E nesse evento, eu aprendi muita coisa que vai me ajudar nas decisões que vamos tomar no apoio a quem está na linha de frente da área de Comunicação. Saio daqui entusiasmado com o que aprendi e vi e com os rumos que vamos ter daqui pra frente”, confessou.  

Cunha concluiu afirmando que “vamos encontrar o caminho para ter uma melhor comunicação com a sociedade. Eu creio que o que aconteceu aqui, nesses dois dias, vai permitir que os Tribunais possam ter melhor planejamento e uma ação para se chegar ao cidadão”.  

Cunha enalteceu a experiência do TCE/SC com o acordo de cooperação técnica firmado com entidades representativas dos órgãos de imprensa — Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), Associação Catarinense de Jornais (ACJ), Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (ADI) e Associação dos Diários do Interior (Adjori). 

“Essa forma de contratar os veículos de comunicação para levar as informações ao cidadão catarinense, por meio das associações, a mim, causou uma excelente impressão. Achei perfeito, pois você democratiza, é justo e faz com que a informação chegue a todo cidadão. Então, Santa Catarina está de parabéns!”, finalizou. 

O CNCTC foi uma promoção do TCE/SC, da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), da Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), do Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC) e do Instituto Rui Barbosa (IRB) e contou com o apoio da Acaert.  

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