Sistema Nacional de Controle Orientado de Obras Públicas (Sisnoop) será a nova ferramenta que os Tribunais de Contas irão utilizar para obter, de forma uniformizada, informações sobre as obras públicas brasileiras. Entre os objetivos estão a otimização do controle externo, a melhoria da gestão pública e a disponibilização de dados à sociedade, estimulando o controle social.
O projeto foi divulgado pelo presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC), conselheiro Luiz Roberto Herbst — que também preside o Comitê de Obras Públicas do Instituto Rui Barbosa (IRB) — durante a realização do Enaop/2015 (Encontro Nacional de Obras Públicas), nos dias 15 e 16 de outubro, em Campo Grande (MS).
O Sisnoop também foi objeto de ofício enviado aos presidentes do IRB, conselheiro Sebastião Helvécio, e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), conselheiro Valdecir Fernandes Pascoal, no dia 5 de novembro. De acordo com o expediente assinado pelo conselheiro Herbst e pela presidente do Ibraop, Narda Consuelo Vitório Neiva Silva, as duas instituições representativas dos TCs deverão encaminhar orientações para o prosseguimento dos trabalhos, considerando que o projeto está na fase de definição de recursos financeiros, materiais e técnicos para a execução do novo sistema.
O documento registra que o desenvolvimento da proposta envolveu engenheiros e analistas de sistema de diversos tribunais de contas. Segundo os presidentes do TCE/SC e do Ibraop, a ideia é criar um sistema de fácil utilização por todos os TCs e que atenda as demandas especificas de cada instituição, tenha linguagem e plataformas modernas, preço acessível de softwares complementares e manutenção facilitada. Também está prevista a criação de um Portal Nacional de Obras Públicas, favorecendo a transparência e o controle social. “O sistema especificado é o que se pode dizer como o melhor já pensado nessa área”, enfatizaram, ao destacarem que a ferramenta será “completa, ágil e uniformizada na obtenção de informações das obras públicas para o Controle Externo”.
Discussão
A discussão sobre o sistema teve início no XV Simpósio Nacional de Obras Públicas (Sinaop), em maio de 2013, em Vitória (ES). Em setembro do mesmo ano, o assunto foi tema do encontro sobre “Soluções compartilhadas de sistemas de controle de obras públicas”, no TCE/SC, quando foram definidos os princípios que deveriam nortear a proposta. O Comitê de Obras Públicas do IRB e o Ibraop assumiram a elaboração do trabalho.
Até agora já foram estabelecidos os requisitos funcionais, as regras de negócios, as mensagens orientativas, desenhados os protótipos de interfaces e o modelo de dados. Para a efetivação do sistema são necessárias ainda algumas providências, entre elas as definições sobre aportes financeiros (Saiba mais), sobre qual tribunal de contas irá implementar o software com a contratação de empresa especializada para programação, a liberação de servidores para o gerenciamento da implantação e a promoção da adesão ao sistema.
Um Acordo de Cooperação, entre Atricon, IRB e Ibraop poderá ser firmado durante o XXVIII Congresso dos Tribunais de Contas, que ocorrerá de 1º a 4 de dezembro, em Recife (PE). Conforme antecipado pelo presidente Herbst no ofício, há possibilidade de o TCE/SC sediar a “fábrica de software”, com a participação técnica e financeira de outros tribunais de contas, a partir da assinatura de termos de adesão.
Saiba mais: Custos
Custos estimados das etapas concluídas: R$ 330 mil Custo estimado das próximas etapas: R$ 1.380.000,00, sendo: - R$ 1.200.000,00 na contratação de empresa especializada para programação (“fábrica de software”). Caso as instituições envolvidas disponibilizem pessoal técnico para desempenharem algumas das atividades inerentes aos pontos de função, esse valor poderá ser reduzido em até 40%. - R$ 180 mil para despesas diversas. Contração do armazenamento tipo nuvem: R$ 30 mil por ano para o grupo de Tribunal.
Obs.: O custo total de R$ 1.410.000,00 será rateado entre os participantes do projeto. |
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