O jornalista Rogério Felisbino da Silva, da Assessoria de Comunicação Social, nos brinda com mais um relato de um observador atento do “backstage” das etapas do Ciclo dessa semana. E, num clima de roteiro de cinema, nos conta porque foi protagonista de uma nova versão da série “Esqueceram de mim”...
Ao término das palestras da tarde de quarta-feira (20/7), em Chapecó, a equipe de técnicos do TCE/SC foi surpreendida, pois agora tinha a sua disposição um novo ônibus! Para nós, membros da equipe, que não participamos ativamente dos dramas de tentar resolver o conflito com a empresa de turismo, a alternativa encontrada foi até mais vantajosa, pois o novo ônibus é maior e mais confortável, e é um ônibus leito! Mas, para quem esteve diante do problema para equacioná-lo, como a Estelamaris Calgaro, do Icon, teve muita dor de cabeça, com certeza! Foram várias conversas ao telefone, ora com a sede da empresa, em Biguaçu, ora com o Icon, ora com o tenente-coronel Joares Lima, da Assessoria Militar do TCE/SC.
Mas, no fim das contas, entre mortos e feridos, salvaram-se todos, e agora a comitiva parte para a última etapa da semana: a cidade de Concórdia. Como no dia anterior, a equipe do Icon vai na frente, mas leva alguns palestrantes que participaram do Ciclo no período da manhã e estavam livres à tarde. Os demais seguiram no novo ônibus. A viagem é tranquila pela SC-283 — rodovia que liga Chapecó à Concórdia, passando por Seara —, que tem mais curvas que a estrada de Santos.
A entrada em Concórdia é triunfal. Como é noite escura, não se consegue ver nada do lado de fora, a não ser as luzes da cidade, lá embaixo. O ônibus vai descendo a serra, as luzes da cidade vão se aproximando e a sensação é que estamos pousando, a bordo de um Airbus da TAM. Mas Concórdia não tem aeroporto para avião desse porte. Então caímos na real, chegamos lá embaixo e constatamos que estamos em plena rua, parados na primeira das muitas sinaleiras que encontraríamos pela frente.
Após algumas quadras, chegamos ao Caitá, um simpático hotel, no centro de Concórdia. A mesma rotina de descarregar bagagens, preencher fichas e enfrentar filas no elevador. Mas, como diria o filósofo Kleber de um “cultural” programa de TV: faz parte!
A fisionomia de cansaço já é nítida em algumas pessoas. Uns ainda tiveram pique para jantar fora. Outros, como eu, preferiram o buffet de sopa do próprio hotel, propício para um friozinho que, finalmente, começou a aparecer. E não apenas ele, como também a chuva. E como choveu durante a noite!
O dia recomeça novamente sem a presença do sol. E agora demorou mais ainda para clarear, pois a chuva foi constante durante praticamente toda a manhã.
No caminho para UnC, que fica distante do centro da cidade, a sensação térmica já era mais baixa que nos dias anteriores, apesar de os termômetros de rua registrarem suportáveis 15°C. Assim que a Sprinter do TCE/SC chegou à UnC, a constatação de que foram esquecidas duas caixas de material no hotel. O jeito é voltar para buscar. Enquanto o motorista do TCE/SC, Erasmo dos Santos, voltava, a equipe do Icon começava a organizar mais um dia de trabalho. E já tinha gente chegando. Realmente, o povo do interior chega cedo aos eventos!
Mas não é só isso. Além de chegar cedo, ainda ficam perguntando: onde fica a sala das licitações?... E a da contabilidade?... E a dos agentes políticos?... Tudo isso porque a sinalização dos corredores da Universidade havia sido feita de maneira incorreta, pois as setas indicavam para sentidos diferentes. Mas as tarefas a fazer eram muitas, quem poderia corrigir as setas? Claro, aquele que tem a função de informar. Chamem o jornalista! Tudo bem, lá vamos nós! O problema era sinalizar o caminho para o auditório onde ocorreu a reunião dos agentes políticos, que ficava em outro prédio, muito distante do bloco onde estávamos. Não teve jeito, para esse a indicação foi verbal e manual: — você vai por aqui, vire à esquerda ali, passa por acolá, suba a escada, pegue o corredor em frente... enfim, você chega lá!
Apesar desses pequenos contratempos, as coisas vão se ajeitando e tudo inicia no seu horário devido. Afinal, a experiência já mostrou que tempo é precioso. Mas, dessa vez, não houve problema na hora do almoço, porque o restaurante ficava na própria universidade e não havia necessidade de usar o ônibus. Talvez por esse motivo, as palestras desta tarde fluíram mais celeremente e terminaram no horário previsto, sem atrasos. Só quem não se deu conta desse fato fui eu que, na sala de apoio, terminando as matérias e enviando para a Acom, não percebi que o ônibus partiu para o hotel, deixando-me na condição de protagonista de mais um filme da série “Esqueceram de mim”.
Ainda bem que a Sprinter que levaria o pessoal do Icon ainda estava por ali para dar carona. Enfim, chegamos ao hotel para a última noite fora de casa. Para encerrar a maratona, nada mais justo que comemorar o aniversário do dia, de Paulo César Salum, no restaurante do próprio hotel. Tudo termina em festa, mas na próxima semana a odisséia do Ciclo continua, agora pelas bandas do Sul.
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