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TCE/SC destaca escola de Joinville na série Educação que dá certo

sex, 03/02/2023 - 16:43

VINHETA TCE INFORMA  

(OUÇA)  

LOCUTOR: Quando se fala em educação, o cenário nem sempre é animador. Mas mesmo assim, algumas escolas de Santa Catarina se destacam positivamente. Em comum, elas têm o comprometimento com o ensino, e isso faz toda a diferença no futuro de quem frequenta as salas de aula.   

No ano passado, o Tribunal de Contas de Santa Catarina visitou escolas nas cidades de Anchieta, Brusque, Florianópolis, Joinville e Santo Veloso. Cada uma com avanços em áreas essenciais para o desenvolvimento educacional, como a condução do corpo docente na sustentabilidade, na proficiência, na inovação e no ensino médio integral.   

Boas práticas na educação que geraram uma série de cinco reportagens para mostrar a educação que dá certo em Santa Catarina. Os técnicos do TCE/SC encontraram histórias que mostram como o comprometimento com o ensino pode transformar o futuro de crianças e adolescentes.   

Nesta reportagem vamos falar sobre o trabalho desenvolvido pela direção e professores da Escola Municipal Adolpho Bartsch, de Joinville. A escola ganhou destaque no item proficiência, que revela um alto grau de competência e domínio no campo do saber.               

A escola Adolpho Bartsch fica no Distrito de Pirabeiraba, na cidade mais populosa de Santa Catarina. São 327 alunos frequentando do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Desde 2011, por 5 vezes consecutivas, a escola vem registrando a melhor nota do Ideb do Estado, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, e uma das melhores do país.  

O diretor da escola, Fábio de Almeida Doin, revela como esses índices foram alcançados.   

(Sonora Fábio de Almeida Doin)  
Com relação aos indicadores, eu posso dizer que não existe segredo para obtê-los. Todas as conquistas da escola se devem a um conjunto de fatores, mas essencialmente a fazer o básico bem feito. A cobrança dos hábitos de estudo diários, tarefas diárias, o acompanhamento pedagógico de todas as turmas, as práticas de acompanhamento, o empenho e comprometimento dos professores. Eu posso dizer que em termos documentais nós temos um contrato pedagógico com todas as normas, todas as orientações que o professor precisa atentar no contexto de sala de aula para que ele obtenha bons resultados e que a prática seja coerente com a proposta pedagógica da unidade. Junto a isso, nós podemos elencar que o professor tem formação continuada em serviço, que são profissionais comprometidos e que conseguem fazer o envolvimento da comunidade e conseguem atingir o aluno. As práticas de atendimento contraturno e reforço escolar fazem com que esse trabalho seja integrado e que o aluno consiga atingir os maiores padrões de desenvolvimento de habilidades.  

Locutor: Fábio conta que a cada início de ano o professor traça um diagnóstico das turmas. Os alunos do primeiro ao terceiro ano que apresentam dificuldade participam do reforço pedagógico.  

(Sonora Fábio de Almeida Doin)  
A gente age de forma preventiva. Nós temos duas modalidades de atendimento extracurricular, que é o reforço escolar, no qual atendemos primeiro ao terceiro ano, de forma preventiva no primeiro ano e para efetivar a alfabetização do segundo e do terceiro. Então, tem contribuído para que as crianças tenham maior sucesso escolar e se alfabetizem na idade certa. No quarto e o quinto ano que nós chamamos de contraturno tem o objetivo de revisar e aprofundar em parceria com o professor os conteúdos prioritários de língua portuguesa e matemática, fazendo com que o aluno recupere, revise e aprofunde as competências básicas que ele deve saber no quarto e no quinto ano. Então, esse atendimento do primeiro ao terceiro, ele é para os alunos que a gente aponta que precisam e o atendimento de quarto e quinto é para todos os estudantes. Então, o objetivo é que todos tenham a possibilidade de ampliar, revisar e aprofundar seus conhecimentos que saiam daqui num nível apto a cursar o sexto ano.  

Locutor: No último Ideb, realizado em 2019 e divulgado em 2020, a escola chegou à média de 9,3, a melhor entre as escolas públicas do Sul do Brasil para os anos iniciais. Para Fábio Doin o resultado é excelente, mas a nota é o que menos importa.   

(Sonora Fábio de Almeida Doin)  
Nos dados que nós temos da escolad os indicadores dos IDEBs de 2011, 13, 15, 17 e 19, 100% dos nossos alunos estavam no nível adequado, ou seja, aptos a cursar o sexto ano. Então, não só a nota é uma grande conquista para a escola, mas sim todos os estudantes estarem num nível de aprendizagem. Isso significa que a escola cumpriu a sua função social, que é de ensinar, de listar os conteúdos, com o aproveitamento para que o aluno tenha um ganho social com isso.  

Locutor: Nas atividades de reforço escolar e contraturno, os professores têm a oportunidade de aplicar técnicas de ensino mais abrangentes, mais lúdicas, associando disciplinas como português e matemática ao cotidiano dos alunos. Segundo a professora de apoio pedagógico, Juliana Henrique, isso facilita o aprendizado.   

(Sonora Juliana Henrique)  
Então é bem importante porque a gente reforça tudo aquilo que eles fazem em sala de aula. A importância é aprimorar ainda mais o conhecimento que eles têm no dia a dia, trazendo aqui para eles ferramentas diferentes, deixando as aulas mais leves, mais gostosas, onde eles podem até se comunicar melhor, porque aqui eles têm, são duas turmas, né? Então, eles se envolvem mais com os colegas e estão sempre trocando ideias. Eu acho que esse momento de trocar ideias é que vale a pena também.  

Locutor: Uma prática que agrada os alunos, como o Matheus Gilgen, de 10 anos.   

(Sonora Matheus Gilgen)  
No contraturno tem desafios, e nas provas eu ficava bem tenso. Agora eu não fico mais por causa dos desafios. A professora dá um tempo para a gente fazer esses desafios, fico menos tenso nas provas e assim eu tiro notas melhores.    

Locutor: Essa dinâmica é aprovada também por Carolina Vaz Lorena, que é mãe de uma das alunas da escola Adolpho Bartsch.   

(Sonora Carolina Lorena)  
A minha filha mais velha faz aula de contraturno. Aqui nessa escola eles têm no quarto e no quinto ano. A minha filha ama tanto a professora quanto os conteúdos do contraturno porque são conteúdos diferentes, são desafios, são formas diferentes de ver o conteúdo, assim, e aquilo abre assim a cabeça deles. Por ser uma maneira diferente de abordar, por um outro professor e desafios mesmo que eles gostam dessa idade é legal né?   

Locutor: Carolina diz ainda que além das atividades extracurriculares aplicadas pela escola de contraturno e aulas de reforço, o acompanhamento dos pais ou responsáveis é fundamental.   

(Sonora Carolina Lorena)  
Eu acho fundamental você estar acompanhando o teu filho, sabendo qual a dificuldade que ele tem. Por exemplo, a minha filha mais nova tem um pouquinho de dificuldade com leitura. Então a gente faz leitura todos os dias e com um pouquinho a cada dia ela vai melhorando, sabe? Se você deixar só pela escola acaba que perde um pouco de conteúdo. Se o pai ajudar em casa, dá o mais certo no meu ver.  

Locutor: O envolvimento da família nas atividades escolares das crianças e adolescentes é defendida também pelo diretor da Escola Municipal Adolpho Bartsch, de Joinville, Fábio de Almeida Doin.   

(Sonora Fábio de Almeida Doin)  
A família é o alicerce de tudo, a família apoiando, estando presente, verificando tarefa, cobrando hábitos de estudo, a escola vai fazer um trabalho lindo se a família estiver ao lado dela. Nós precisamos da família. Eu sempre digo nas reuniões de pais que o sucesso do aluno é o nosso sucesso. Se a gente fracassa, a família fracassa, mas nós fracassamos juntos. Então é um trabalho em parceria, nós precisamos da família, que a família nos acolha, que a família seja nossa parceira e a gente busca essa parceria deles. Muitas vezes a gente incomoda um pouco, no bom sentido. Ligamos para cobra: ó, seu filho faltou. Por quê? Seu filho não fez a tarefa, por quê? Então, cobramos que eles organizem a rotina, cobramos que eles tenham hábitos de estudo, cobramos que eles tragam as tarefas. É nosso papel. Nós queremos contribuir com as famílias, com os nossos alunos. Queremos fazer a diferença na vida deles. Sozinhos nós não conseguimos, nós precisamos do olhar da família, da parceria da família, sem eles nós não conseguimos.  

Locutor: A Escola Municipal Adolpho Bartsch, de Joinville, é um exemplo de proficiência. Uma prova que as boas práticas na educação geram bons resultados. Você pode acompanhar a série Educação que dá certo no canal do YouTube do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC).   

VINHETA TCE INFORMOU 
 

Tempo: 09’15” 

Autor
Agência TCE/SC
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