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TCE/SC destaca ações de inovação de escola do futuro da Capital

sex, 03/02/2023 - 17:05

VINHETA TCE INFORMA 

(OUÇA)

LOCUTOR: Uma das atuações mais importantes do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC), além do controle externo da gestão pública, é na área de educação. O projeto TCE Educação já ganhou destaque nacional, e o acompanhamento dos planos de educação no Estado e nos municípios tem sido essencial para que os agentes públicos busquem o cumprimento das metas.  

Quando se fala em educação, o cenário nem sempre é animador. Mesmo assim, algumas escolas de Santa Catarina se sobressaem positivamente. Em comum, elas têm o comprometimento com o ensino, e isso faz toda a diferença para quem frequenta as salas de aula. 

Em 2022, o Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) viajou pelo Estado para mostrar escolas que são referência em boas práticas na educação. O Tribunal visitou escolas que se destacam na condução do ensino médio integral, do corpo docente, da proficiência, da inovação e da sustentabilidade. O trabalho realizado nas cidades de Anchieta, Santo Veloso, Brusque, Joinville e Florianópolis gerou uma série de 5 reportagens denominada “Educação que dá Certo”.  

Nas visitas pelo Estado, os técnicos do TCE/SC encontraram histórias que mostram como o comprometimento com o ensino pode transformar o futuro de crianças e adolescentes. Nesta reportagem vamos falar sobre inovação. E a referência neste item vem da Escola Municipal Mâncio Costa, em Florianópolis, que está localizada em Ratones, um dos 13 distritos da capital catarinense.  

Distante 25 quilômetros do centro da cidade, a Mâncio Costa é denominada como escola do futuro. Possui uma infraestrutura grande e moderna que contrasta com tanto verde em volta. 

São cerca de 500 alunos matriculados. Os menores, do primeiro ao terceiro ano, passam o dia na escola e têm um currículo diferenciado. Os demais podem ter acesso a esse currículo por meio de oficinas no contraturno. Mas o que define uma escola do futuro? Quem explica é a diretora Maria Izabel de Souza.  

(Sonora Maria Izabel de Souza)                
Basicamente, a gente define como uma escola com múltiplas linguagens, múltiplas tecnologias. Então, quando a gente fala de múltiplas linguagens a gente está falando do português, inglês, libras. É uma escola com múltiplas tecnologias no sentido de trabalhar com muitos equipamentos tecnológicos, com várias ferramentas de acesso para os estudantes. As metodologias ativas também em sala de aula, então, com diferentes configurações. Tudo isso caracteriza uma escola do futuro. Então, desde o mobiliário que permite essas configurações diferentes dos espaços educativos. Nas escolas do futuro também nós temos algumas propostas. Aqui na Mâncio Costa, em particular, nós trabalhamos com ensino integral. Então, as turmas de primeiro a terceiro ano nesse momento são integrais, ficam na escola das oito da manhã às cinco da tarde e além disso nós oferecemos as oficinas em contraturno. Então nós temos as oficinas mais diversas, desde as oficinas voltadas à linguagem, esporte, movimento, empreendedorismo, maker, libras, nós temos aí uma quantidade de oficinas ofertadas na instituição. 

Locutor: A diretora Maria Izabel também conta que a grade curricular numa escola do futuro é mais ampla.  

(Sonora Maria Izabel de Souza) 
Quando nós pensamos no currículo integral, por exemplo, os alunos que são da escola do futuro integrais, que estudam das oito às cinco, nós estamos falando aí de quinze disciplinas que são curriculares. Num currículo comum seriam oito disciplinas curriculares. Então, isso faz diferença, porque a gente tem disciplinas na escola do futuro nesse currículo integral e até mesmo nas oficinas em contraturno que não teria numa escola regular, numa escola num formato que a gente conhecia até então. Então, esse aluno, esse estudante, tem acesso a uma quantidade de conhecimento de conteúdo que numa escola regular ele não teria. 

Locutor: Além das inovações e da tecnologia utilizada em favor da educação, o ensino em tempo integral agrada os alunos. Taís Alves, de 13 anos, frequenta essa escola desde cedo.  

(Sonora Taís Alves) 
Eu sinto orgulho, eu sinto felicidade também pelo fato de ter oportunidade de estudar numa escola boa dessas e, tipo ser acessível para mim. E também fazer isso com pessoas que eu estudei a vida inteira, não só meus colegas de sala, mas também as professoras. Eu vejo algumas que deram até aula para mim hoje trabalhando aqui. Eu sinto de certa forma alegria por isso. 

Locutor: As diferenças da escola do futuro começam já na chegada dos alunos. O sinal para a entrada toca com música. A chamada é inovadora. O controle de acesso é informatizado, com cartão eletrônico. Isso evita que cada professor tenha que fazer a chamada oral para registro de presença dos alunos. O sistema criado pelo professor de matemática Cícero Souza significa ganho de tempo e controle.  

(Sonora Cícero Souza) 
Uma das vantagens maiores é ter o controle da presença quase que automática dos estudantes. Então, no momento que eles passam ali a gente fica uns cinco a dez minutos que a gente espera para chegar atrasado. Logo após a gente já tem o número e o quantitativo de alunos que estão na escola. Se eu fosse fazer uma chamada na sala de aula normal, eu gasto uns dez, quinze minutos fazendo a chamada. São trinta e cinco alunos por turma no ensino fundamental. Quando a gente vai para o médio, vai até quarenta e cinco. Então, a gente ganha muito no tempo e na gestão dessas informações. O tempo que eu estou fazendo essa chamada vocalmente, eu estou organizando outras coisas. Já dando início na aula, por exemplo, já chega abre um livro, abre a atividade, a gente otimiza muito o tempo com isso. 

Locutor: O professor diz que essa inovação está ligada à vocação e ao empreendedorismo tecnológico da capital catarinense. 

(Sonora Cícero Souza) 
Então é essa a proposta da Escola do Futuro: trazer esse novo olhar do mercado. Florianópolis é um polo inovador. Então, a gente tem que se adaptar também às nossas escolas. Para esse novo momento. 

Locutor: Por falar em empreendedorismo, essa é uma das disciplinas da escola Mâncio Costa. Numa das aulas, o professor ressaltou a importância do desenvolvimento sustentável, área em que a escola também inovou. O prédio tem mais de 50 caixas de captação de água da chuva que armazenam até 100 mil litros. A água é usada nos banheiros e na limpeza.

O ensino ainda contempla arte e movimento, múltiplas linguagens e tecnologias. Na escola do futuro os alunos têm aula de Libras, a Língua Brasileira de Sinais. As salas de aula são equipadas com recursos audiovisuais. Cada professor tem um notebook para dar aula e planejar as atividades. Isso possibilitou à professora Sabrina Mendes pedir aos alunos que registrassem em fotos alguma atividade em suas casas. O resultado foi projetado numa das aulas, gerando contação de histórias e socialização. 

(Sonora Sabrina Mendes) 
Na minha prática pedagógica, isso enriquece muito. Poder ter ferramentas, poder ter instrumentos que facilite a vida da gente, facilita essa aula, facilita as crianças terem um contato diferente com o professor e com o conteúdo que está sendo dado. Então, por exemplo, nesse caso, poder projetar o que eles trouxeram, fizeram uma foto em casa, agora eu posso projetar para eles. Eles se verem ali e falar sobre, é algo que há um tempo atrás a gente não conseguia fazer. Então, tem a tecnologia do WhatsApp que a gente utiliza hoje que também não é toda escola, não é todo lugar que tem esse contato com as famílias através dessa ferramenta, e também poder está usando esse tipo de tecnologia aproxima eles mais do que eles podem ver, do que o professor está trabalhando, do que o professor quer alcançar com eles. Então, isso ajuda bastante. 

Locutor: A supervisora escolar Paloma Ernest ressalta a dimensão do currículo da escola do futuro, que está voltado para a formação integral dos alunos. 

(Sonora Paloma Ernest) 
O que é diferente nesse currículo das nossas escolas é a questão da busca pela formação integral do ser humano. Então, não só na dimensão cognitiva do conhecimento, mas na questão das artes, do esporte e do movimento. Por isso os eixos da educação integral são tão importantes. Porque tem o eixo da arte, do esporte, do movimento, das múltiplas linguagens para que as crianças tenham a possibilidade de desenvolver as diversas inteligências, e as habilidades humanas. O interessante da escola aqui é que esse projeto foi construído coletivamente com a participação das famílias, dos estudantes da Secretaria da Educação. Então, é um projeto que tem tanto sentido porque foi construído a várias mãos, e o desafio é colocar e fazer ele acontecer na prática.

Locutor: A diretora da escola Mâncio Costa, em Florianópolis, Maria Izabel Souza, diz que o comprometimento do corpo docente com a educação e as boas práticas de inovação, são fatores primordiais para o êxito da escola do futuro.

(Sonora Maria Izabel de Souza) 
Eu acho que o compromisso com aquilo que se faz, o fazer a educação é muito importante. Então eu acho que além de qualquer outro espaço na escola precisa ter nos profissionais que ali estão esse comprometimento. Esse comprometimento com a prática pedagógica. Então, o nosso objetivo maior sempre tem que ser desenvolver ações, pensar em estratégias que favoreçam esse processo de ensino aprendizagem. Então é isso que vai fazer diferença. Esse é o meu papel, esse é o papel da unidade educativa, dos profissionais que aqui estão, é pensar o tempo todo, desenvolver estratégias para que o professor consiga ensinar da melhor forma possível e o aluno aprender.

Locutor: A escola municipal Mâncio Costa, de Florianópolis, é um exemplo de inovação. Uma prova que as boas práticas na educação geram bons resultados. Você pode acompanhar a série Educação que dá certo no canal do YouTube do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC). 

VINHETA TCE INFORMOU

Tempo: 10’12”

Autor
Agência TCE/SC
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