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TCE publica versão 2005 dos indicadores financeiros e sociais dos municípios catarinenses

qui, 08/09/2005 - 16:34

Qualquer cidadão, estudantes, pesquisadores e demais interessados em informações atualizadas sobre a realidade sócio-econômica de Santa Catarina já podem verificar a versão 2005 dos indicadores financeiros e sociais dos 293 municípios  catarinenses, no site do Tribunal de Contas. A proposta do TCE é oferecer mais um instrumento para avaliação da gestão pública e dos resultados -financeiros, sociais e econômicos- em âmbito municipal, ou seja uma espécie de radiografia de cada uma das cidades do Estado. Promover a transparência, oferecer informações úteis para o planejamento da gestão pública e possibilitar ao cidadão comum o exercício do controle da aplicação dos recursos arrecadados na forma de impostos são as metas do Tribunal. Mais que identificar as realidades social e econômica, a publicação dos indicadores poderá servir de base para o planejamento e para a gestão da administração pública. Para ter acesso ao desempenho de cada cidade, basta clicar na seção "indicadores municipais" da página principal do site do TCE. A pesquisa pode ser feita por município ou por tema. Estão disponibilizadas cerca de 2,3 mil informações, totalizando em média 650 mil dados estatísticos, o que alcançaria, aproximadamente, 15 mil páginas de publicação impressa. A novidade deste ano, fica por conta dos dados sobre as dívidas flutuante, consolidada e ativa e do Produto Interno Bruto municipal. Foram inseridos mapas e gráficos para uma melhor visualização. Além do esforço de consolidação, o TCE/SC elaborou uma série de classificações e de comparações da performance dos municípios. Em cada item, foram disponibilizadas notas explicativas, para um melhor entendimento dos dados, facilitando, assim, a pesquisa. A base de dados do Tribunal de Contas gerou uma série de informações sobre as finanças públicas. São dados de 1998 a 2003 sobre o comportamento dos componentes da receita e da despesa orçamentárias dos municípios. Assim, os cidadãos podem verificar o desempenho da sua cidade e até fazer comparações quanto à arrecadação de impostos  (IPTU, ISS e IRRF), por exemplo. Também estão disponibilizados os números sobre as transferências correntes do Estado e da União, da receita própria e dos investimentos, o resultado da execução orçamentária e a situação patrimonial e as demonstrações das despesas constitucionais, como os gastos com pessoal, tanto do Executivo quanto do Legislativo, e, ainda, os investimentos em educação e saúde. Já as estatísticas sociais englobam dados relacionados ao número de habitantes, ao abastecimento de água, à coleta de lixo e ao tratamento de esgoto entre 1991 a 2003. Informações sobre a taxa de alfabetização, inclusive com os índices de evasão escolar, expectativa de vida, índice de desenvolvimento humano também podem ser consultadas. Esses indicadores foram obtidos a partir de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Centro de Informática e Automação de Santa Catarina (Ciasc), do Anuário Estatístico do Estado e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Análise Ao acessar o site, é possível acompanhar, por exemplo, o volume de recursos aplicados pelos municípios em áreas fundamentais como a Saúde e a Educação. Quanto à destinação de verbas da receita dos impostos na Saúde, conforme determina a Constituição Federal, o levantamento compreende os exercícios entre 2000 e 2003. Cinqüenta e duas prefeituras não respeitaram o dispositivo em 2003. O número caiu, se comparado os exercícios anteriores. Em 2001, 111 cidades deixaram de aplicar o mínimo constitucional, em 2002, foram 82, enquanto que no ano 2000 foram apenas 20. Nesses períodos, o déficit foi de cerca de R$ 24,4 milhões. Em valores atualizados, não foram destinados, aproximadamente, R$ 36 milhões para ações e serviços de saúde. Já no que diz respeito à Educação, quase todas as prefeituras investiram pelo menos 25% da receita de impostos na área, em 2003. No exercício, foram aplicados R$ 802,4 milhões, em valores nominais. Apenas onze cidades não atenderam a legislação federal em 2003 e, juntas, deixaram de destinar, naquele ano, cerca de R$ 1,8 milhão, em valores à época, ou seja, quase R$ 2,1 milhões atualizados (quadro 1). Enquanto que, em 2002, não foram aplicados, aproximadamente, R$ 935 mil, valor correspondente a recursos não investidos por oito prefeituras. Cabe ressaltar que as informações sobre as finanças públicas, especialmente as relacionadas à aplicação de recursos em ações e serviços públicos nas áreas da educação e da saúde - fatores que levam à rejeição das contas -, podem sofrer alterações. É que, as prefeituras e câmaras de vereadores podem requerer a reapreciação dos processos referentes às suas prestações de contas, conforme estabelece a legislação em vigor.             Na seção "indicadores municipais", ainda, é possível verificar as despesas dos municípios com a folha de pagamento de pessoal. Em 2003, as prefeituras de Fraiburgo e de Santo Amaro da Imperatriz ultrapassaram o limite de 60% da receita corrente líquida (RCL), como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Fraiburgo gastou a mais R$ 889.694,51, o que representou 63,9% da RCL, e Santo Amaro da Imperatriz, R$ 40.422,00, ou seja, 60,4% da RCL. Essa informação acabou mudando o quadro, já que em 2001 e 2002, todas as 293 cidades cumpriram a LRF, o que não pode ser observado no ano 2000. Nesse exercício, Paulo Lopes, Monte Castelo, Jaguaruna, Jacinto Machado, Fraiburgo e Dionísio Cerqueira excederam os gastos, totalizando em R$ 3.361.693,14, valores da época, ou seja, cerca de R$ 5,9 milhões atualizados.             Quadro 1: Valores que deixaram de ser aplicados em Educação, em 2003, conforme determina a Constituição Federal

Município Valor à época (R$) * Valor atualizado (R$) **
Abelardo Luz 56.611,23 65.101,22
Apiúna 25.337,66 29.137,55
Barra Velha 178.293,82 205.032,54
Brusque 178.571,32 205.351,66
Campos Novos 539.957,27 620.934,66
Cocal do Sul 278.135,36 319.847,32
Entre Rios 14.515,52 16.692,41
Imaruí 86.105,79 99.019,08
Ipira 34.010,68 39.111,26
Navegantes 205.888,70 236.765,83
Rio Negrinho 250.928,81 288.560,60
Total 1.848.356,16 2.125.554,13

Fonte: site do TCE de Santa Catarina (www.tce.sc.gov.br) * Valores que deixaram de ser aplicados na Educação em 2003 ** Valores que deixaram de ser aplicados na Educação em 2003, atualizados pelo IGPDI a preço de janeiro de 2005

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