O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) instalou, em suas dependências, a “caixa solidária” para arrecadação permanente de produtos têxteis — roupas, calçados, meias, bonés, gorros, cobertores, lençóis, toalhas, panos de chão e acessórios feitos em tecido, por exemplo. A iniciativa é fruto do acordo de cooperação técnica celebrado com a Associação Cidadania em Ação.
As doações dos artigos em qualquer estado de conservação poderão ser depositadas, por qualquer pessoa, no ponto de entrega voluntária, localizado no hall do edifício do TCE/SC, em Florianópolis. A ação busca incentivar a reutilização de roupas, auxiliar nos processos de reciclagem têxtil e na diminuição da quantidade de itens de vestuário presentes em aterros sanitários e, consequentemente, contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e para a sustentabilidade ambiental.
“Essa iniciativa reforça a preocupação e o comprometimento do Tribunal de Contas não apenas com o social, mas também com a sustentabilidade ambiental”, destaca o presidente Herneus De Nadal. “É mais um passo do TCE/SC na adoção de uma postura ativa para contribuir com a solução de problemas públicos”, acrescentou o gestor do acordo na Corte catarinense, João Victor dos Santos Della Rocca, assessor especial para Assuntos Institucionais.
O assessor João Victor destacou os benefícios efetivos da ação, que começou com um pequeno projeto em Criciúma. “Hoje, essa prática evita que mais de 50 toneladas de têxteis sejam encaminhadas aos aterros sanitários da Grande Florianópolis, por mês, permitindo a reutilização de itens de vestuário que não podem ser doados devido ao estado de conservação, mas que podem e devem servir de matéria-prima para a confecção de novos produtos”, assinalou. O extrato do acordo está publicado na edição do Diário Oficial Eletrônico de 23 de novembro.
Conforme informado pela Associação Cidadania em Ação, a Rede Caixa Solidária Brasil tem 15 anos de atuação, com instalação de aproximadamente 350 caixas coletoras em Santa Catarina — há pontos em mais de 50 municípios —, no Paraná, no Rio Grande do Sul, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Ao todo, já foram arrecadados 5,7 milhões itens. Destes, 1,9 milhão foram reutilizados — que atenderam 86 mil famílias e beneficiaram 300 mil pessoas de instituições beneficentes e de projetos sociais cadastrados — e 685 toneladas foram recicladas. Com a ação, 17,1 mil toneladas de gás carbônico deixaram de ser emitidas, 1,4 milhão de litros de água foram poupados e R$ 524 mil foram economizados na coleta e no aterramento do lixo.
O presidente da Associação, Paulo Cesar Vargas, explicou que as doações são submetidas à central de triagem, para separação dos itens a serem enviados a instituições beneficentes e a projetos sociais cadastrados, de acordo com a necessidade detalhada no Portal Social, disponível no site da Caixa Solidária.
Ele comentou que, neste ano, em função das fortes chuvas, foram destinados cobertores para atingidos em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e, em decorrência do rompimento da adutora da Casan, em Florianópolis, também foram destinadas toalhas de rosto e de banho, além de roupas de crianças para as famílias.
“Precisamos conscientizar as pessoas que doar produtos têxteis pós-consumo é um ato de amor, mas também de sustentabilidade. Portanto, precisamos fazer a economia circular”, enfatizou Vargas, ao acrescentar que a doação, a reutilização ou a reciclagem ajudam a combater o ciclo de desperdício e o impacto ambiental. “Só para ter uma ideia, em 2023, 700 toneladas de produtos têxteis foram parar no aterro de Florianópolis”, informou.
Crédito da foto: Cristiano Estrela (Acom-TCE/SC)
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