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Transição energética e descarbonização são temas de palestra promovida pelo TCE/SC

ter, 08/10/2024 - 18:31
Banner horizontal com foto, em primeiro plano, da plateia, de costas, sentada em poltronas no auditório do TCE/SC. À frente do público, no palco, estão os palestrantes: o advogado Bruno Peixoto e o engenheiro eletricista Willian Pinheiro. Ambos estão sentados em poltronas pretas e falam ao público.

Secas, enchentes, ondas de calor e outros eventos extremos têm sido cada vez mais frequentes no mundo, em razão das mudanças climáticas. Para discutir a adoção de ações sustentáveis, o Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) promoveu a palestra “Transição Energética Justa, Descarbonização e Eficiência Energética”. O encontro, voltado ao público interno, foi realizado na tarde desta terça-feira (8/10), na sede da Instituição, em Florianópolis. 

Com abertura da coordenadora da Comissão ASG (Ambiental, Social e Governança) do TCE/SC, Marina Ferraz de Miranda, a conferência foi ministrada pelo advogado Bruno Teixeira Peixoto, especialista em Compliance ESG e doutorando em Direito Ambiental; e pelo engenheiro eletricista Willian Pinheiro, da Quantum Engenharia. 

Ao iniciar a palestra, o advogado destacou que o modelo mundial de produção e consumo baseado em combustíveis fósseis vem provocando o aquecimento do planeta e ocasionando uma emergência climática. Ele explicou que os eventos extremos impactam não apenas os locais onde ocorrem, mas que suas consequências se expandem a outras regiões. “Trata-se de um problema transfronteiriço, por isso é importante unirmos forças para enfrentá-lo”, afirmou. 

Ao longo do encontro, contextualizou o cenário de emergência climática mundial; mostrou dados sobre as emissões de gases de efeito estufa; explicou os objetivos do Acordo de Paris; falou de medidas de descarbonização e, principalmente, reforçou a necessidade de que os países implementem medidas para reverter a atual situação do clima. Ele citou as pessoas consideradas refugiadas climáticas, que saem de suas regiões em razão da falta de recursos naturais.  

“A questão climática não se resume a deixar de emitir gases de efeito estufa. Precisamos nos adaptar para o que virá, com medidas como gestão de riscos, elaboração de planos diretores eficientes, incentivo às pesquisas e implementação de políticas públicas voltadas ao enfrentamento da crise climática”, argumenta Bruno Peixoto. Ele afirma que, mesmo com o cumprimento das metas do Acordo de Paris, de 2015, a temperatura do planeta continuará em elevação, por isso defende a definição de objetivos climáticos mais ambiciosos. 

O advogado explicou que a transição energética é a mudança da produção e do consumo de energia do mundo de combustíveis fósseis para fontes de energia renováveis, com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar as mudanças climáticas. Ressaltou ainda que, em um modelo de transição energética justa, devem ser adotadas estratégias que valorizem a igualdade e a inclusão.  

Na sequência, Willian Pinheiro tratou do Programa de Eficiência Energética da Celesc, que, desde 1989, executa ações e projetos de combate ao desperdício de energia elétrica. Por meio desse programa, o TCE/SC firmou um convênio com a Celesc para a instalação das placas fotovoltaicas em seu edifício-sede, que captam energia solar. 

Com o sistema fotovoltaico, o Tribunal de Contas catarinense economiza anualmente 173 MWh de energia elétrica, uma redução anual de R$ 51.776,16, o que equivale ao consumo de 72 residências durante todo ano. A Instituição ainda deixa de emitir 91.690 toneladas de gás carbônico na atmosfera, o equivalente ao plantio de 2.352 árvores.   

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