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ABI defende papel estratégico da comunicação social nos TC's

seg, 30/08/2004 - 17:47

      

      O presidente da Associação Brasileira de Imprensa - ABI,  jornalista Maurício Azêdo, defendeu a estruturação e ampliação do papel da comunicação social nos Tribunais de Contas do País. Azêdo, que também é conselheiro do TCM do Rio de Janeiro falou sobre "Os Tribunais de Contas e sua comunicação com a sociedade", durante as comemorações dos 105 anos do TCE do Piauí, no último dia 20 de agosto,  na sede do órgão, em Teresina. O jornalista disse que o sistema Tribunal de Contas ainda não se preocupa suficientemente com a própria existência e com a relação com a sociedade, mas apontou alguns exemplos que já refletem uma mudança nesse quadro, ao citar experiências bem sucedidas nos TCE´s  de Santa Catarina, Paraná e Pernambuco. No caso de Santa Catarina, o destaque foi para a publicação "Para onde vai o seu dinheiro".

          "Há uma generalizada desinformação de amplos setores da sociedade sobre o papel dos TC´s", disse o presidente da ABI que destacou a importância do debate sobre o uso de técnicas de comunicação social para assegurar o acesso às informações sobre a atuação e importância desses órgãos no contexto social. Segundo Maurício Azedo, o setor de comunicação pode exercer a função de autodefesa do sistema Tribunal de Contas que, às vezes, é atacado por interesses diversos. "Na medida em que se favorece a divulgação de suas atividades o sistema estará se fortalecendo para enfrentar os perigos que rodam os TC´s", defendeu.

          Para o presidente da ABI, os Tribunais de Contas ainda enfrentam uma natural indiferença dos legisladores, da sociedade e também dos jornalistas. Na sua opinião, o sistema não sabe lidar com a mídia local, muitas vezes, mais importante que a chamada grande imprensa. O jornalista também atribui esse comportamento ao "medo da imprensa" de alguns integrantes dos TC´s e, em especial, ao desaparelhamento dos Tribunais, na área da comunicação social. Azêdo disse que é necessário contar com pessoal qualificado atuando nas assessorias de Imprensa, para permitir o atendimento adequado aos veículos de comunicação.

               Durante a sua palestra, o presidente da ABI ainda propôs uma reflexão sobre a importância da ampliação de ações na área da comunicação social, ao apontar algumas experiências positivas desenvolvidas nos Tribunais de Santa Catarina, Paraná e Pernambuco, em especial, no campo da simplificação da linguagem e aproximação com o cidadão. No caso de Santa Catarina, o destaque foi para a publicação "Para onde vai o seu dinheiro", a versão simplificada do parecer prévio do TCE catarinense sobre as contas anuais do Governo do Estado. Para o jornalista, a obra que explica de forma clara e objetiva como são aplicados os recursos públicos que o cidadão entrega ao Estado na forma de impostos, é um exemplo que pode e deve ser multiplicado entre os TC´s do País, pela linguagem que utiliza.

              Azêdo reiterou que a linguagem elitista não consegue alcançar o cidadão comum, a sociedade. Também recomendou aos setores responsáveis pela comunicação social nos Tribunais de Contas atenção especial para divulgação das atividades de auditorias e inspeções ordinárias, Lei de Responsabilidade Fiscal e aplicação de recursos na Educação e Saúde.

             A realização de encontros regionais para troca de experiências entre os Tribunais e de seminários para jornalistas, em parceria com entidades de classe, com objetivo de permitir que a imprensa conheça o sistema Tribunais de Contas, são outras sugestões do presidente da Associação Brasileira de Imprensa.   

 

 

 

 

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