Diagnóstico feito pela Diretoria de Informações Estratégicas (DIE) do Tribunal de Contas de Santa Catarina sobre os sistemas de gestão utilizados pelas 295 prefeituras catarinenses, com a finalidade de identificar falhas ou oportunidades de melhoria na gestão desse tipo de contratação, revela que apenas sete empresas detêm a quase totalidade da participação desse serviço no Estado, sendo que duas delas detém cerca de 80% do mercado.
O estudo feito pela DIE levou em conta os dados fornecidos pelo Índice de Efetividade de Gestão Municipal (IEGM) 2019/2020, as informações constantes dos sites das prefeituras, além dos dados disponíveis no Sistema de Fiscalização Integrada de Gestão (e-Sfinge).
O levantamento (LEV 20/80033802) do TCE/SC apontou ainda que as despesas dos municípios com tais serviços cresceram de forma significativa, alcançando nos últimos 15 anos um incremento de cerca de 760%. O relatório ressaltou que a pressão crescente da sociedade e órgãos de controle por uma maior digitalização e transparência da atuação das administrações públicas municipais evidencia a necessidade de sistemas de gestão robustos, com diversas funcionalidades e capazes de serem adaptados rapidamente às alterações na legislação, a exemplo das recentes exigências decorrentes da pandemia da Covid-19.
Em despacho assinado nesta quinta-feira (25/2), o presidente do TCE/SC, conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, determinou à Diretoria Geral de Controle Externo da Corte de Contas (DGCE) a inclusão no plano de fiscalização anual a auditoria de processos licitatórios e contratos de sistemas de gestão.
No documento, o presidente acolheu a proposta formulada pela DIE, quanto a recomendar à Federação Catarinense dos Munícipios (Fecam), ao Consórcio de Informática na Gestão Pública Municipal (CIGA) e às Associações de Municípios a constituição de Grupo de Trabalho, inclusive, se solicitada, com participação de representantes da Corte de Contas, para a realização de estudos e ações que possam mitigar a assimetria de informação entre contratantes e contratados; proposição de cláusulas essenciais em editais e contratos; ampliação da fiscalização dos contratos e adotar outras iniciativas que possam contribuir para a facilitação da migração entre sistemas de gestão.
“A proposta formulada pela DIE está em sintonia com o projeto de transformação a que procuramos submeter o TCE/SC, isto é, um Tribunal focado na boa administração e na governança pública; um Tribunal mais dialógico e propositivo na busca de uma nova práxis de controle das contas públicas”, destacou o conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior.
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