(TCE Informa)
(apresentador)
O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) ampliará o trabalho de fiscalização em Organizações Não Governamentais (ONGs) que recebem recursos financeiros do Governo do Estado, principalmente por meio do Sistema Estadual de Incentivo à Cultura, ao Turismo e Esporte (Seitec) e Fundo de Desenvolvimento Social (Fundosocial). Nos últimos dois anos, o tribunal condenou diversos responsáveis à devolução de mais de R$ 10 milhões, além de multas aplicadas, por irregularidades no repasse e prestação de contas. Agora, a fiscalização intensificará as visitas às ONGs, como informa o diretor de Controle da Administração Estadual (DCE), Névelis Scheffer Simão.
(diretor)
A meta para 2015 é intensificar a atuação in loco nessas ONGs. Hoje, tramitam na diretoria cerca de 600 processos só de ONGs. Então, na medida em que os técnicos estiverem analisando os processos e sempre que eles entenderem oportuno e que for possível, eles vão verificar in loco a situação da entidade, se aquela ONG realmente existe naquele endereço.
(apresentador)
O TCE/SC criou, inclusive, um setor específico para fiscalizar os repasses às ONGs, a Coordenadoria de Controle de Recursos Antecipados, no âmbito da Diretoria de Controle da Administração Estadual (DCE). Segundo Névelis Simão, o trabalho do tribunal provocou uma reação do Governo do Estado, que melhorou a gestão do sistema dos fundos.
(diretor)
Realmente, de 2005 a 2011, a situação foi, eu diria que era completamente fora do controle no âmbito do Poder Executivo. Um descalabro na gestão do dinheiro público. A partir de 2012, 2013, o Estado implantou o chamado módulo de transferências, criado pela Diretoria de Auditoria-Geral da Secretaria de Estado da Fazenda. Então, o processo passou a ser todo eletrônico, desde a solicitação da entidade e a própria movimentação financeira, através de um cartão magnético do Banco do Brasil. Sem utilização de cheques, sem permissão de saque. Então, tem que se reconhecer que o Governo do Estado adotou providências para melhorar esses controles.
(apresentador)
O diretor da DCE aponta as principais irregularidades encontradas no repasse e na prestação de contas das ONGs.
(diretor)
Elas vão desde uma completa ausência de critérios e a falta de interesse público também na hora de aprovar o projeto e repassar o dinheiro. A má aplicação dele [recurso], seja a não prestação de contas do dinheiro, a pessoa foi lá pegou o dinheiro e nem mesmo prestou contas, ou a não comprovação da boa e regular aplicação, das mais diversas formas.
(apresentador)
Para impedir o repasse irregular de recursos públicos à ONG investigada, o Tribunal de Contas de Santa Catarina promoveu medidas cautelares. Como informa Névelis Simão, diretor da DCE.
(diretor)
O tribunal também tem algumas decisões cautelares, proibindo o repasse, ou seja, a gente tem atuado a priori, antes mesmo que o Estado repasse o dinheiro, a gente, em alguns casos, conseguiu impedir o pagamento de repasses irregulares.
(TCE Informou)
Tempo: 03’27’’
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